quarta-feira, 19 de maio de 2010

resolução de conflitos... uma estratégia pedagógica...

Tenho observado em minhas aulas de sociologia da educação e antropologia cultural uma leve brisa de conflitos entre meus alunos(as) da Unemat. Os motivos eu desconheço, mas o fato é que alguns desses conflitos fazem acirrar um certo clima de disputa sobre a melhor ou mais válida opinião num debate. Como nas minhas aulas o debate é parte quase que constante, percebo que algumas opiniões possuem mais caráter de demarcação de espaço pessoal, do que um posicionamento intelectual. O pior é quando certas opiniões procuram desqualificar um aluno em relação a outro dentro da sala de aula. Enfim, esse fenômeno tem duas implicações distintas, uma boa e outra perigosa. A boa, é que faz com que todos os alunos estejam preparados para debater e estudem mais. A perigosa, é que o fundamento pedagógico das opiniões perde espaço para a simples opinião de senso comum. O fato é que isso acaba por comprometer uma aula. Se é mesmo normal o conflito, penso que é no debate de idéias e no respeito a diversidade de opiniões, que podemos construir um ambiente pedagógico de aprendizagem. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Mas é sim obrigado a tratar seus conflitos pessoais em locais externos a sala de aula. O legal de um debate é quando aprendemos na diversidade de opiniões e posicionamentos. Mas acima de tudo, é quando escutamos criticas, não concordamos, mas ouvimos ela. Portanto, escutar é diferente de ouvir. Escutar é um ato mecânico de nossos ouvidos. Ouvir é um ato responsável de respeito, pois ligamos o tímpano ao coração.

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