terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2011... desafios para as mulheres na política...

Nessa época do ano sempre procuramos renovar nossos planos e metas para o próximo ano que surge. Nesse caso, estamos diante de um 2011 que nos coloca vários desafios. Pontuo um em especial que é o desafio político do ano novo para o sexo feminino. Três casos em especial destaco como de grande significado para essa reflexão. O primeiro, diz respeito a chegada ao poder da primeira presidenta mulher no Brasil. O segundo, semelhante fenômeno, mas de repercussão local, é o desafio da não menos importante primeira presidenta mulher da Câmara dos vereadores de Juara. Terceiro e, por último, o desafio da primeira deputada estadual da nossa região de Juara. Eu diria que na somatória desses três exemplos na política para as mulheres, é o fato de estarmos diante de um cenário com um leve toque de sensibilidade. A meu ver, a sensibilidade feminina colocada a serviço da política, pode sim renovar os encaminhamentos dos interesses públicos no interior da política partidária. Creio que estamos presenciando um novo limiar de um inédito jeito de fazer e lidar com a política. Os exemplos de Dilma Rousseff, Cida Felix e Luciane Bezerra, são emblemáticos ao apontar que as mulheres adentram com vigor na cena política brasileira em 2011. Que elas possam avançar naquilo que alguns homens pouco conseguiram, isto é, o de representar na íntegra os interesses da população que as elegeram. Que a presença das mulheres na política possa em 2011 quebrar o núcleo duro da arrogância machista no tratamento político das questões de interesse social. Mas alerto, esses desafios não serão fáceis. É preciso que esses desafios sejam superados com aquilo que a mulher tem de particular na sua diferença em relação ao homem: o de encantar, seduzir e envolver tudo ao seu redor com uma magia de leveza, sensibilidade e amor ao próximo. Se assim o for, creio que as mulheres na política poderão reinventar uma nova política partidária centrada em valores morais, coletivos e éticos. Sucesso a todas as mulheres na política em 2011.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A prudência do silêncio diante do jogo político...

O que separa o discurso da ação? Tal resposta soa um tanto desafiadora quando pensamos ela como subproduto do jogo das disputas pelo poder político. Afinal, quando a política se envereda para o campo da hegemonia do poder, creio que nem Maquiavél poderia prever o que dela proverá. Já é corriqueira a máxima que diz que em política "os fins justificam os meios". Nesse caso, eis que emerge da luta pelo poder político o conceito de "demagogia". Entendo a demagogia como uma estratégia mesquinha e vulgar para criar cenários fantasiosos de um "bem estar" e de "dias melhores". No jogo político, a retórica demagógica usa da política para a tomada do controle do poder. Nesse caso, tenta-se maquiar o passado com um presente e futuro repleto de possibilidades messiânicas. Pena que aquilo que legitima esse tipo de estratégia esta centrado na crença daqueles que "ainda" acreditam na eficácia de discursos vazios de significado e ricos de contradições. É por isso que diante de um quadro de pauperização ideológica da política, é que se faz necessária a prudência do silêncio. O silêncio muitas vezes revela muito mais que um grito no vazio. O silêncio a meu ver, é uma vigorosa arma de luta contra aqueles que insistem em tornar a política lugar de demagogia. As vezes é estratégico partir para o embate, mas nesse caso, é prudente calar-se para que a realidade contraditória se revele como um exemplo a ser futuramente combatido.