sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A prudência do silêncio diante do jogo político...

O que separa o discurso da ação? Tal resposta soa um tanto desafiadora quando pensamos ela como subproduto do jogo das disputas pelo poder político. Afinal, quando a política se envereda para o campo da hegemonia do poder, creio que nem Maquiavél poderia prever o que dela proverá. Já é corriqueira a máxima que diz que em política "os fins justificam os meios". Nesse caso, eis que emerge da luta pelo poder político o conceito de "demagogia". Entendo a demagogia como uma estratégia mesquinha e vulgar para criar cenários fantasiosos de um "bem estar" e de "dias melhores". No jogo político, a retórica demagógica usa da política para a tomada do controle do poder. Nesse caso, tenta-se maquiar o passado com um presente e futuro repleto de possibilidades messiânicas. Pena que aquilo que legitima esse tipo de estratégia esta centrado na crença daqueles que "ainda" acreditam na eficácia de discursos vazios de significado e ricos de contradições. É por isso que diante de um quadro de pauperização ideológica da política, é que se faz necessária a prudência do silêncio. O silêncio muitas vezes revela muito mais que um grito no vazio. O silêncio a meu ver, é uma vigorosa arma de luta contra aqueles que insistem em tornar a política lugar de demagogia. As vezes é estratégico partir para o embate, mas nesse caso, é prudente calar-se para que a realidade contraditória se revele como um exemplo a ser futuramente combatido.

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