segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vem ai novo Código Florestal Brasileiro...

É! ao que tudo parece, existe uma pressão do setor produtivo em prol de auterações e modernização do atual código florestal brasileiro. Para os leigos, o código florestal brasileiro normatiza o avanço da modernidade nas áreas de floresta. O debate fica então restrito a dois grupos pelos quais se apresentam como legítimos mandatários do futuro das florestas: o setor agropecuário e os ambientalistas. E o que esta se debatendo a fundo é o limite da atual fronteira agrícola nas áreas da amazônia, além do percentual de APP e reserva legal dos biomas brasileiros. O discurso se resume então na produtividade e necessidade de novas áreas produtoras de alimentos e a necessidade de manter intacto o ecossistema natural, preservando a todo custo florestas, nascentes e rios e fauna.
Enfim, como equacionar esse debate tão acirrado. Confesso que não sei. Até porque, o atual modelo de sociedade em que vivemos, pressiona a zonas produoras de alimentos a produzirem mais alimentos, até porque, a população mundial, só tende a aumentar.

O que virá nesse futuro Código Florestal, vai encaminhar o futuro da humanidade e do ecossistema. Dizem que é possível conciliar um Código que seja sustentável. Eu duvido muito. A questão nesse caso, é mais política que técnica. As vezes chego até a pensar que nem técnica é mais, mas o problema ambiental passou a ser de natureza cultural.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Para que serve a CRÍTICA afinal...?

Estou convicto que se houve muito falar em "postura crítica", mas pouco se sabe sobre seu verdadeiro fim. Boa parte de seus conteúdos caminham em direção oposta. Criticar, acima de tudo, é colocar publicamente um determinado ponto de vista pessoal. Não esta em jogo seu valor ético e moral, mas sim uma suposta opinião que revela um tipo exclusivo de pensamento e postura.
Uma crítica deve se pautar pela abertura e diversidade de opiniões. Obviamente, quem critica, deve estar aberto a ser criticado. A crítica em si não pode se fechar numa verdade inquestionável. A crítica é sempre um instrumento de contraposição de idéias. Nunca poderá ser uma idéia única, melhor e ideal a ser "imposta" por quem a faz.
Enfim, criticar é um ato educativo e necessário em qualquer processo político e social. Quem vive a margem da crítica esta fadado ao erro e a ilusão demagógica de suas ações. Ser alvo de crítica enopobrece nossas ações. Fazer crítica, enaltece nosso papel individual e coletivo. Faça críticas, mas faça com abertura a também recebê-las. Criticar e ser criticado é parte desse movimento democrático que vai dizer que "os opostos se atraem". Dizem até que vem da Física!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O movimento estudantil da Unemat - Juara

Ao que tudo indica, em breve teremos eleições acirradas para a nova composição de membros do DCE da Unemat em Juara. Avalio isso como extremamente positivo, pois demonstra que nossos alunos fazem política estudantil em prol do bom desenvolvimento da Unemat. Por outro lado, como professor de sociologia e política, esse tipo de enfrentamento em pleito eleitorais, demonstra o quanto nossos alunos(as) estão conscientes da importância que o movimento estudantil possui para as demandas da Unemat nesse campus. Espero que o teor das disputas sejam travadas na área de um saudável debate de idéias e que as chapas concorrentes tenham a plena consciência que é no embate de propostas que construiremos uma Unemat para todos. Como professor, parabenizo a autonomia dos alunos na condução desse processo político. Isso apenas mostra que quando se quer fazer política com responsabilidade e ética, a coisa flui e os resultados estarão sempre voltados ao bem coletivo. Parabéns aos alunos. Parabéns ao DCE.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O poder e a política...

Cada vez que volto as leituras do pensador Maquiavél para entender a classe política e sua paixão pela corrupção, mais percebo que na verdade, o que esta em jogo mesmo é a luta pelo PODER.
Creio que tais grupos políticos denigrem e maculam a verdadeira ética da política. E pra mim, a ética na política esta pautada no total comprometimento dos políticos com as demandas da população.
No entanto, a cada dia percebo que a ambição pelo poder político desvirtua o bom homem público.

Mas continuo defendendo que não é a POLÍTICA em si a grande vilã desse mal, mas sim, são aqueles(as), politicos, representantes do povo, que subvertem o interesse público em pról de seus interesses particulares.

É claro que toda regra existem suas excessões. Mas confesso que da pra contar nos dedos quem faz parte desse seleto e quase extinto grupo.

E é por acreditar nesses poucos bons políticos e por alimentar uma chama otimista, que eu ainda acredito na POLÍTICA como espaço real de transformação social.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

AMOR LÍQUIDO: sobre a fragilidade dos laços humanos

Olá amigos... Depois de um período de silêncio aqui no meu blog, estou de volta a ativa. E gostaria de convidá-los a uma leitura intrigante e desafiadora. Me refiro ao livro do sociólogo polonês Zygmunt Bauman chamado "Amor Liquido". Nesse livro o sociólogo Bauman vai dizer que a misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança que ela inspira e os desejos conflitantes (estimulados por tal sentimento) de apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos, são o grande nó da sociedade moderna.

Bauman afirma que "

“Ao se comprometerem, ainda que sem entusiasmo, lembrem-se de que possivelmente estarão fechando a porta a outras possibilidades românticas talvez mais satisfatórias e completas”. Outro se mostra ainda mais sensível: “Em longo prazo, as promessas de compromisso são irrelevantes...” E assim, se você deseja relacionar-se, mantenha distância; se quer usufruir do convívio, não assuma nem exija compromissos. Deixe todas as portas sempre abertas.

O desafio esta posto. Então meus amigos(as), convidu-os a pensar nessa tese.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

resolução de conflitos... uma estratégia pedagógica...

Tenho observado em minhas aulas de sociologia da educação e antropologia cultural uma leve brisa de conflitos entre meus alunos(as) da Unemat. Os motivos eu desconheço, mas o fato é que alguns desses conflitos fazem acirrar um certo clima de disputa sobre a melhor ou mais válida opinião num debate. Como nas minhas aulas o debate é parte quase que constante, percebo que algumas opiniões possuem mais caráter de demarcação de espaço pessoal, do que um posicionamento intelectual. O pior é quando certas opiniões procuram desqualificar um aluno em relação a outro dentro da sala de aula. Enfim, esse fenômeno tem duas implicações distintas, uma boa e outra perigosa. A boa, é que faz com que todos os alunos estejam preparados para debater e estudem mais. A perigosa, é que o fundamento pedagógico das opiniões perde espaço para a simples opinião de senso comum. O fato é que isso acaba por comprometer uma aula. Se é mesmo normal o conflito, penso que é no debate de idéias e no respeito a diversidade de opiniões, que podemos construir um ambiente pedagógico de aprendizagem. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Mas é sim obrigado a tratar seus conflitos pessoais em locais externos a sala de aula. O legal de um debate é quando aprendemos na diversidade de opiniões e posicionamentos. Mas acima de tudo, é quando escutamos criticas, não concordamos, mas ouvimos ela. Portanto, escutar é diferente de ouvir. Escutar é um ato mecânico de nossos ouvidos. Ouvir é um ato responsável de respeito, pois ligamos o tímpano ao coração.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Até breve meu amigo...

Infelismente estamos perdendo um excelente profissional da área jurídica em Juara. Me refiro ao conhecido e polêmico Dr. Douglas Bernardes, juiz de direito desta comarca, que esta se transferindo para outra cidade de MT. Gostaria de prestar uma homenagem a esse intelectual da magistratura que soube como poucos unir a linguagem fria do direito com uma análise filosófica da realidade. É óbvio que tal postura incomodou a muitos, mas serviu de exemplos a tantos outros. Reconheço no Douglas um intelectual que se inspira nos valores espirituais da sua formação. Não que isso me faça concordar com ele. Pelo contrário! Talvez seja eu o mais crítico dos seus interlocutores. Mas eu o critico no fundamento da solidez teórica. Jamais, tentei desconstruir ou mesmo desqualificar seus posicionamentos. Dr. Douglas é sério, ao mesmo tempo que irreverente, é determinado, ao mesmo tempo que flexível. Ao meu amigo Douglas presto minhas homenagens. Tus és um intelectual em extinsão. Aprendi muito a fundamentar minhas críticas com suas posturas filosóficas de peso. A sociedade precisaria um pouco mais de espaços de debate como esse que eu e vc propiciamos ao longo desses 3 anos e meio. Foi um prazer conviver intelectualmente contigo. Vai com Deus. E que a sabedoria do pai celestial permita que vc possa erradiar situações que vc mesmo sempre insistia em suas aulas de filosofia. Transgredir!!

sábado, 15 de maio de 2010

Reavivendo um debate legítimo de idéias - Douglas x Oseias....

Hoje tive o prazer de travar um saudável debate com o Juiz de Direito de Juara, pra mim um amigo chamado Douglas. Uma amizade se revela nessa contraposição de idéias, no pensamento divergente e no embate teórico. E foi isso que aconteceu. O Douglas ao apresentar sua tese sobre os três poderes do Estado, se referiu a questão de falta de legitimidade de cada poder, diante da sociedade civil. Coloquei a ele que entender a lógica do poder político é algo que poderia ser feito a partir da compreensão do fenômeno da "autoridade". Pra mim, não existe poder sem autoridade, nem que essa se revele na sua forma oculta. É claro que ele não concordou, afirmando que nem todo poder esta amaparado pela autoridade, mas sim por sua eficácia. Pois bem, minha reflexão sobre o tema do poder político, se revela importante porque estamos num curso sobre "promotores populares", e como tal, devemos mergulhar na compreensão da lógica da luta por direitos, o que, a meu ver, passa pela compreensão da autoridade do poder político. Daí refletir sobre o sentido do conceito de "solidariedade" em nosso tempo, como motor propulsor da luta por direitos. Afinal, existe a solidareidade autruista e a egoista. Enfim, o debate ainda esta em aberto. Mas debates iguais a esse é obra em extinsão. Adeus a "ágora".

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Internet e nossos instintos...

No mundo virtual não há nenhuma perversão nova, apenas as velhas modalidades que já assombravam as ruas da realidade. A diferença é que, na Internet, qualquer um pode exercer seu sadismo protegido pelo anonimato, na certeza da impunidade. Basicamente, a idéia é: “Se ninguém sabe quem eu sou, não só posso ser qualquer um, como posso fazer qualquer coisa”.

Mini-Curso: Gramsci e a filosofia da práxis

Prof. Dr. Marcos Del Roio
Livre-docente em Ciência Política, Faculdade de Filosofia e Ciências –
Universidade Estadual Paulista – UNESP,
Campus Marília
Doutor em Ciência Política – USP

PROMOÇÃO:
Programa de Pós-Graduação em Política Social – ICHS – UFMT
Departamento de Sociologia e Ciência Política – ICHS – UFMT

Data: 26 e 27/05/2010
Carga horária: 20 horas
Local: Auditório 2 do ICHS
INSCRIÇÕES: De 18 a 20/05, das 14 às 18h – Sala 28 do ICHS –

Mestrado em Política Social – Vagas limitadas
Informações: (65) 3615-8472

Objetivo do curso

O objetivo deste curso é oferecer uma visão avançada de conjunto da
filosofia política de Antonio Gramsci por meio da análise de seu método, de
universo categorial, expondo a sua gênese e contexto histórico.

Ementa

Abordagem da teoria política marxista, suas vertentes, suas elaborações mais
importantes e que guardam atualidade, realçando as formulações que destacam
o protagonismo dos trabalhadores.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Educadores, à ação!

“A educação no Brasil não funciona porque, enquanto ‘soluções’ abundam aos borbotões, não se enfoca seu principal problema. Nossa escola não vê que seu próprio objetivo, assim como seus meios – os de ‘passar’ informação sem considerar que cada indivíduo é um indivíduo, com suas peculiaridades, com sua história, suas condições de vida – são absoluta e irremediavelmente equivocados. É necessário compreender que o jovem tem querer próprio, que este jovem quer algo diverso do querer do adulto, e compreender que repetir fórmulas ‘como um papagaio’, sem digerir os conhecimentos, jamais o levará a construir conhecimentos, e nem mesmo sequer a elaborar a ‘conservação da informação’ tal como esse modelo pretende. E ainda, abordando uma outra perspectiva, estudar apenas porque se ganha um prêmio, ou porque se é castigado em caso contrário, remete ao modelo behaviorista ao qual nos referimos anteriormente, e se baseia numa concepção de educação como ‘treino’ e ‘adestramento’, ignorando o homem como ser cultural, ético, e que constrói sua própria história.

Resta, portanto, diante da desesperadora situação da educação brasileira, conclamar a universidade para que, em lugar de se isolar em seu Olimpo e voltar-se apenas para seus meandros, sua maratona de publicações, sua política interna, seus jogos internos de poder, abra-se verdadeiramente para a dolorosa realidade social de nosso país que clama por soluções, por conhecimento a orientar as políticas, por ética a fundamentar as decisões, e traga o saber acadêmico para mais perto das injustiças sociais. O pesquisador, o cientista, o acadêmico, o intelectual, têm antes de tudo um compromisso político, pelo lugar que ocupam. E esse compromisso se realiza com ações, com o agir embasado na reflexão teórica."

O 13 de maio é mesmo uma data a ser comemorada?

A data está um pouco desprestigiada desde a década de 1970, quando os movimentos negros brasileiros resolveram instituir um dia da consciência negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo de sua emancipação. Assim, o dia 20 de novembro, que relembra a execução de Zumbi, seria um contraponto ao 13 de maio.
A questão que se pode levantar a partir disso é: há ou não motivos para a comemoração do 13 de maio? A efeméride tem, sim, seu valor histórico. Ela comemora a vitória do movimento abolicionista e do parlamento brasileiro. A campanha abolicionista, um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil, ao lado da campanha pelas Diretas Já, atingiu o êxito no exato momento que a princesa Isabel assinou a célebre lei.

Por outro lado, é importante ter em mente que a história trata de fatos do passado, mas as interpretações desses fatos dependem da época em que elas são feitas. O significado dos fatos, portanto, varia de acordo com as gerações de historiadores que se debruçam sobre eles e, também, segundo a ideologia que está por trás de suas interpretações.



quarta-feira, 12 de maio de 2010

Unemat visita Frigorífico...

A direção do Frigorífico Pantanal entrou em contato comigo e propôs uma visita educacional nas instalações da unidade de Juara. Achei muito interessante, até para dar visibilidade às propostas feitas pela empresa para minimizar o mal cheiro. Gostaria então de convidar todos os alunos(as) da Unemat para essa visita. A princípio ficou marcado para o próximo sábado, 15/05, as 14:00 (tarde) com concentração na praça dos trabalhadores, em frente ao CAT, para em seguida, sair numa caminhada até o Frigorífico Pantanal. O objetivo dessa visita é conhecer as instalações do Pantanal, bem como, as futuras melhorias que a empresa fará a fim de eliminar o mal cheiro exalado.
Acho essa iniciativa excelente e educativa. Quanto mais transparente for esse processo de eliminação do mal cheiro, mais a sociedade apoiará tal iniciativa. Esperamos que a empresa possa ter na sociedade um parceiro para ampliar sua atuação local com responsabilidade social e ambiental. Esperamos que todos os alunos estejam presentes nessa visita no próximo sabado. Até lá...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Frigorífico Pantanal - Audiência Pública - I

Ontem supreendeu o grande número de pessoas que foram na audiência pública do frigorífico. No entanto, triste foi constatar que nossa previsão que o Savoini seria pequeno para esse debate se confirmou. Muita gente do lado de fora, mas muita mesmo. Mesmo assim, opniões, clamores, números, justificativas técnicas, derão a tônica dessa audiência pública. O mal cheiro, o desemprego e a economia, foram os pontos debatidos. No entanto, não percebi nos diretores da empresa, qualquer menção aos odores exalados pelo frigorífico. Nas entrelinhas, deu a entender que a cidade teria que pagar esse preço (custo-benefício), em função das divisas econômicas abertas em nossa cidade. É bom que se diga que não houve qualquer tentativa de politização dessa audiência, nem mesmo qualquer discurso terrorista e irresponsavel sobre um suposto fechamento da empresa. Percebeu-se sim uma grande apreensão da população sobre a continuidade desse problema. Afinal, esse cheiro incomoda e muito. Nos relatórios técnicos apresentados pela empresa e ministério público existe ainda uma solução técnica para a eliminação do mal cheiro. Porém, o custo financeiro dessa obra exigirá maior investimento da empresa. O que se sabe é que já esta em curso uma nova lagoa e novos dispositivos técnicos de melhoria desse mal cheiro. Enfim, creio que a audiência pública, apesar de tudo, mostrou que a opinião pública possui posicionamentos distintos. E que essa mesma opinião pública quer uma solução que leve em conta o desenvolvimento da região e a manutenção dos empregos, mas que também, propicie uma qualidade de vida digna áqueles que querem pelo menos respirar um ar puro.

sábado, 8 de maio de 2010

O que as escolas ensinam afinal...

Mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido. Ele é definido erradamente como um "método de ensino". O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente.
Trocando em miúdos: a escola não leva em conta que as crianças aprendem fora dela...

Unemat -Juara - agora vai...

Semana tumultuada foi essa última na Unemat, campus de Juara. Acusações, insinuações, retaliações, reuniões, debates e muita, muita burocracia. Mas enfim, numa reunião de colegiado que começou as 14:00 de sexta e terminou por volta das 23:00, creio que muito se avançou em relação ao bem da instituição. Esclarecemos muita coisa em relação a saída do Prof. Wilton, ao pedido do DCE de sua volta, a avaliação dos professores que estão saindo do probatório e tantos outros pedidos de alunos que estavam em pauta. Não tivemos aula nesse dia, mas creio que o motivo foi justo, afinal, reconduzimos o Prof. Wilton de volta a chefia, aprovamos todos os professores em estágio probatório, liberamos os professores substitutos a orientarem pesquisa de TCC e limpamos a pauta da secretaria acadêmica. Enfim, acho que avançamos na consolidação de uma Unemat democrática e funcionando. É claro que falta muita coisa, mas é um avanço. Aos poucos iremos corrigindo os erros e aprimorando os equivocos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sobre a queda de braço entre professores e prefeitura...

Mais uma greve a vista. Mais uma vez os trabalhadores da educação do centro das discussões. Não se discute o mérito e a relavância da reivindicação do Sintep. No entanto, ainda insisto na tese de que a greve não é o instrumento mais eficaz de luta por direitos. O direito dos trabalhadores da educação é legítimo é deve sim ser colocado na ordem do dia das discussões. Mas ainda acho que lutar através do cruzamento de braços da categoria, pouco agrega na construção de uma legitimidade da sociedade juarense. Pelo contrário, cria situações de desgastes social a uma reivindicação justa. Por outro lado, creio que se fala muito em "gestão participativa" das prefeituras. Se isso realmente fosse posto em pauta com transparência e publicidade, muitas dores de cabeça poderíam ser evitadas. Todas as prefeituras do Brasil passam por um período de crise financeira, de enxugamento de pessoal e de contenção de despesas. Se isso acontecesse aqui em Juara, era só dar ciência a população rotineiramente. Mas ainda temos no meio desse debate o papel mediador dos vereadores. Muito se fala em educação, mas nesses momentos de greve, pouco se vê vereadores mediando conflitos. Sou da tese de que uma greve desgata a todos. Sou da tese de que a prefeitura deveria abrir suas contas a categoria mostrando até onde ela tem capacidade de pagamento. Sou da tese de que os vereadores poderíam ser mais atuantes nesses momentos. Nossa educação não merece ser tratada apenas como discurso vazio e sem sentido de ação.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O solo sagrado da Caixa Econômica Federal em Juara...

Domingo passado o padre Ademir anunciou aos fiéis que a igreja católica irá começar uma campanha para angariar fundos para a construção da agência de Juara da Caixa Econômica Federal. Foi um mixto de alegria e surpresa, pois serão os fiéis cristãos, aqueles(as) que colaboraram financeiramente para a materialização dessa obra. Confesso que na minha ignorância, pensava ser a Caixa, a própria executora dessa obra. Enfim! Uma obra dessa envergadura, merece nosso apoio. Afinal, todos bem sabem que a Caixa Econômica Federal é a instituição que fomenta o crescimento de uma cidade e região. Com certeza, Juara terá um novo impulso com sua chegada. Ainda mais abençoada por estar em solo sagrado. É como sempre me diz meu amigo Padre Ademir... (99 neles...) Enfim, a política e a sociedade agradecem o empenho da igreja católica em questões que transcedem seu papel evangelizador.

Audiência Pública - Frigorífico Pantanal

Se aproxima o dia em que a população de Juara poderá reafirmar sua indignação contra o incômodo mal cheiro e os constantes abusos de crimes ambientais praticados pelo Frigorífico Pantanal. Creio que já exista um certo sentimento de condenação antecipada a postura omissa do frigorífico. Na outra ponta, estão os trabalhadores daquele local, temerosos sobre as consequências dessa audiência pública em relação ao seu emprego. Eu queria aqui manifestar meu otimismo para que uma solução tecnológica possa satisfazer todos os interesses em jogo. E que audiência pública sobre o frigorífico possa sim servir para que a população, ministério público, diretores da empresa e prefeitura, possam construir juntos alternativas responsáveis e sensíveis, tanto a qualidade de vida, quanto a manutenção dos empregos. Condenar a priori, é um equívoco. Omitir é irresponsabilidade. Mas construir alternativas sustentáveis, é demonstração de maturidade de todos os atores envolvidos nesse processo. Que a audiência pública do frigorífico pantanal, possa servir para que o povo, os advogados do povo e os representantes políticos do povo, possam apontar soluções sensíveis as demandas de Juara. Inclusive sobre um possível impacto de qualquer decisão que ali venha ser tomada.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

eu, meus alunos e minha postura...

Ontem, dando uma aula teórica de sociologia da educação, fui interpelado pelos meus alunos a respeito da minha conduta metodológica que muitas vezes inibe eles de comentarem sobre uma dúvida. Me senti meio acuado e escutei as críticas. Confesso que para alguém tão seguro como eu, saber que sua aula não esta surtindo o efeito pedagógico esperado, é um baque. Enfim, procurei escutar as críticas e, ao final, me fechei numa profunda reflexão sobre minhas aulas. Deixo bem claro que foi bom essas críticas, afinal, estou repensando minhas práticas pedagógicas. É claro que isso exige mudanças e rupturas da minha parte, como da parte dos alunos. Mas confesso que o contato real com esse tipo de situação faz balançar minha suposta segurança intelectual. Enfim, é juntar os cacos, mudar os rumos, corrigir os erros e continuar trilhando nosso oficio.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Luiz Gugelmin - o homem do desenvolvimento...

Conheci o Luiz em 2009 na época das discussões acaloradas do zoneamento. Sempre com uma postura serena, equilibrada e otimista, demonstrava sua vontade em tranformar a região de Juara em modelo de desenvolvimento agropecuário. Sua preocupação com a qualidade de vida da população também sempre estava em seus discursos e metas. Através do asfalto, ele meio que materializou uma parte desse sonho. É inevitável que a ligação asfaltica do Vale do Arinos com outras localidades aumenta a auto estima da população e amplia os horizontes de investimentos nessa região. Enfim, aprendi a admirar o Luiz como pessoa visionária. Um empresário, que não mede esforços para dar um pouco de si, em prol do desenvolvimento de nossa região. Creio que a política de nossa região deveria mirar em exemplos como esse. Postura e comprometimento, são suas marcas de trabalho.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Homenagem a Claude Lévi-Strauss...

A influência intelectual de Lévi-Strauss – que realizou no Brasil seus primeiros estudos de etnologia entre populações indígenas – transcende a antropologia. “Ele foi sem dúvida um dos maiores antropólogos da história e, a partir de seus trabalhos ligados ao âmbito do parentesco e dos mitos, influenciou todos os ramos da antropologia. Mas, especialmente a partir de 1962, com a publicação de Pensamento selvagem, sua obra passou a dialogar com a filosofia. Daí em diante, o estruturalismo adquiriu uma importância enorme, com impacto na filosofia, na psicanálise, na crítica literária e nas ciências humanas de modo geral”.
O antropólogo Claude Lévi-Strauss morreu, aos 100 anos, em novembro de 2009...
Mesmo que tardio, fica aqui registrado, aqui das longinquas terras da amazônia, da pequena e pacata cidade de Juara, um tributo e homenagem áquele que ajudou o Brasil a se ver por dentro, a enxergar sua diversidade cultural e, acima de tudo, a valorizar sua cultura.

Neymar e o resgate do imaginário popular...

Pois é, como intelectual, me rendo ao encanto desse jovem promissor jogador de futebol do Santos. O capitalismo apesar de conseguido burocratizar o futebol e suas táticas, ainda deixa espaço para pequenos instantes de genialidades. Neymar é um desses raros exemplos, onde através de um futebol moleque, resgata a alegria do futebol com irreverência e arte. E isso encanta a população, anestia os problemas diários, e nos faz sonhar com um Brasil melhor. Incrível né! A alegria que tomou conta de boa parte da população brasileira, inclusive aqui a de Juara. Ruas vazias na hora do jogo, olhos atentos, espectativa para um instatante de mágica. Enfim, só o futebol é capaz disso. Bom seria se a política um dia tivesse esses pequenos gênios. Gênios políticos que fizessem a população ao menos sonhar com uma vida melhor. Utopias a parte... Parabéns Neymar! Parabéns Santos. Ah! parabéns ao Ganso também né...rs...rs...
O Dunga... pelo bem da autoestima brasileira, chama os dois vai...

Promotores Populares...

Sábado passado teve continuidade o curso promovido pelo Ministério Público de Juara acerca da capacitação dos futuros promotores populares. Brilhantemente conduzido pelo Promotor Paulo Henrique a abordagem foi em cima do Art. 5º da Constituição Federal sobre os Direitos e Deveres do Indivíduo e Coletivos. Interessante foi a criatividade dos participantes, dando interpretações no campo teatral e na forma clássica de seminário. Meu grupo coube a tarefa de analisar a parte final onde procurei destacar a profunda contradição entre o Direito Constitucional e o Direito de fato, tangível e acessível a boa parte da população. Creio que a questão posta coloca essa triste sensação de que o direito a ter direitos é na verdade o resultado das lutas individuais e coletivas e não naquilo que esta previsto na Constituição.
Enfim, o curso é positivo pois anuncia para população instrumentos de participação para que ela lute pelo seus direitos.